O que me emociona (7)
Ir à missa do galo aqui na aldeia dos meus avós. Uma aldeia em Trás-os-Montes, onde "sabe mais" a Natal. À meia-noite, com a fogueira a arder cá fora na praça tal como manda a tradição, começa a missa em que, a cada palavra dita, enche a igreja de nuvens de água condensada. Uma igreja do século XII que misteriosamente não tem a entrada virada para a praça. Nesta noite o coro é composto por gente nova (bom, gente da minha idade), que partiu daqui para ganhar a vida na cidade, e que volta nestas alturas para festejar. Com eles trazem as violas, os tambores, os trompetes e a alegria de quem ama esta aldeia. Numa celebração em que a média de idades rondará os 70 anos, esta lufada de ar fresco e de imensa alegria é algo que emociona. O abraço da paz é literalmente uma festa, há gente a cruzar-se por toda a igreja e a caminhar largos passos com a bengala para estar próximo de todos!
Atrevo-me a dizer, como no cântico de entrada:
"É Natal que alegria,
Vamos todos festejar
O Menino já nasceu
Nasceu para nos Salvar."
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