domingo, 27 de julho de 2008

Nova rubrica


Esta semana inaugurar-se-á uma nova rubrica neste berloque, desta feita escrita a duas mãos.

Teremos aqui, à semelhança do Gira-Discos vs Mp3, uma rubrica para livros.
Será "Na mesinha de cabeceira" vs "Na mala de viagem", corrige-me se tiver errada Raio de Sol.


Alternadamente, eu e o Raio de Sol, vamos falar-vos de um livro que lemos, sem outro critério que não seja o gosto pessoal.


Esperemos que gostem tanto como nós

Gira-Discos vs Mp3 - e aí vão 7!

Esta semana, caros amigos, é a anarquia.
Sem critério, sem conjugações, sem sentido.
Não podiam ser mais díspares as épocas, os estilos, a toada e até a cor.

Apesar de tudo espero que gostem.

Boa Semana!

domingo, 20 de julho de 2008

Gira-Discos vs. Mp3 – Chegámos à meia dúzia!

Não me perguntem como me surgiu a ideia para esta rubrica, já não me lembro. (O Sr. Alzheimer ja me espreita por cima do ombro, mais vezes do que era costume).
No entanto, sei que me é muito prazeroso pensar nela todas as semanas. Às vezes já a tenho delineada e, à última da hora, decido trocar tudo porque simplesmente o estado de espírito mudou, porque houve uma sugestão que me “tocou” mais, ou porque houve uma surpresa que descobri na net.

Esta semana no Gira-Discos deixo-vos, quiçá, mais uma escolha improvável tendo em conta a minha faixa etária e até porque esta música, ao contrário da do Joe Dassin, não povoou a minha infância. É uma Senhora que a canta, pela voz, pela postura, pela frontalidade que lhe reconheço e me agrada. O poema não consegui descobrir de quem é, mas é belíssimo. Gosto muito destas canções que contam uma história com princípio meio e fim, de um jeito que parece simples de fazer e acessível a qualquer um. Como se todos fossemos capazes de contar uma história, através de um poema! O dueto, desta versão, resulta na perfeição (para mim)!

No Mp3 deixo-vos uma banda que descobri há uns anos através de um amigo de longa data e que está longe (Fábio, ajudo-te nesta missão de propagares a existência destes senhores). Boa sonoridade, boas letras, a canção chama-se Neighborhoods e os senhores são os "Arcade Fire".

Uma salva de palmas por favor!

Uma óptima semana para todos!

sábado, 19 de julho de 2008

Céu limpo e sol a brilhar em todo o planeta!


E eis que chegou, em todo o seu esplendor, o Raio de Sol a este planeta!
Batam palmas e usufruam, como eu, do seu calor! Já é e vai continuar a ser um prazer desfrutar da sua presença, em todas as estações do ano!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Em viagem

Sentada numa sala no aeroporto de Newark (EUA), entre dezenas de desconhecidos em trânsito para múltiplos destinos, uso o meu computador para me escrever a primeira mensagem neste berloque (gosto muito deste nome!).

A Piquenina é uma amizade recente mas muito especial. A ela (e ao seu convite para escrever aqui) devo o recuperar do "Raio de Sol", há algum tempo escondido entre "nuvens" de um dia-a-dia carregado de trabalho, sem tempo ou serenidade para sintonizar com as coisas simples da vida... desde logo o prazer de ler e escrever e assim ficar mais perto daqueles de quem gostamos.

Sempre gostei muito de escrever e as cartas escritas à mão e colocadas no correio continuam a ser a minha forma preferida de comunicar com os amigos. Email algum pode superar o prazer de uma carta escrita à mão, de um postal escolhido a pensar na pessoa e no que lhe queremos dizer ou fazer sentir.

Escrever tem um efeito terapêutico em mim, de dar sentido a ideias e pensamentos. Normalmente faço-o para uma pessoa só (ou mesmo só para mim!), pelo que esta experiência me intimidou um pouquinho (mas só um pouquinho...). Vamos ver se passa... :-)

As viagens são momentos em que costumava escrever muito e, também por isso, gosto muito de viajar sozinha. Raramente me aborreço ou lamento a falta de companhia. Gosto de sentar no aeroporto e observar as pessoas à minha volta, os que partem e os que chegam, os encontros e desencontros, a diversidade.. Há tanto mundo para descobrir por esse mundo fora!

Gosto de escolher o livro que vou levar para uma viagem, gosto de pegar no papel de carta e decidir a quem vou escrever. Gosto destes momentos só para mim, sem "interacções" obrigatórias com algum conhecido ou colega de trabalho. Gosto desta forma de liberdade. Gosto até de constatar a minha impotência para diminuir uma espera de 6 horas (como agora!).

Gosto de tudo isto de que vos falei e gosto muito, mas mesmo muito, da Piquenina.
Obrigada pelo desafio deste convite.

Saudade.

domingo, 13 de julho de 2008

Gira-Discos vs Mp3 - 2 em 1

Esta semana, deixo-vos com um 2 em 1. Enviaram-ma numa altura importante da vida e quis partilhá-la convosco. Uma música antiga com uma roupagem nova.

Espero que gostem.


Boa semana.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Let the sun shine in!

Este Planeta fez uma aquisição! Com o Verão que teima em não chegar, decidi ir em busca de um Raio de Sol! Não só por isso, luminosidade é algo que também se precisa neste Planeta para que se insufle vida, em momentos mais sombrios.

Um dia destes ele vai despontar, quiçá meio tímido por entre as nuvens, ou então virá com toda a força e calor!

A certeza é de que será sempre bem-vindo!

Let the sun shine in!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Exagerado!

Audaz, excêntrico, provocador...
Podem-se usar muitos adjectivos para descrever este senhor.
Vi-o uma vez ao vivo, em criança, e a imagem que me ficou gravada na retina foi tão forte que desde logo me apaixonei por esta "criatura".

A melhor descrição que alguma vez ouvi do seu aparelho vocal dizia que era "uma voz de mulher numa garganta de homem".

Exagerado seria o adjectivo que utilizaria para o descrever!

Confiram em http://www.youtube.com/watch?v=DrEATVl1glE

sábado, 5 de julho de 2008

Sonhar em "Grande" - É delicioso!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Gira-Discos vs Mp3 - E eis-nos chegados à 4ª semana!


E eis que chegámos à quarta semana de Gira-discos vs Mp3. (Palmas por favor!)

CLAP! CLAP! CLAP!

Esta semana, excepcionalmente, não com a actualização ao Domingo, mas à sexta-feira.


Devo aqui dizer que, tirando algumas excepções, tem havido uma fraca contribuição para esta rubrica! O que é uma pena porque é uma EXCELENTE rubrica deste não menos ESPECTACULAR berloque! (Afinal, se eu não gostar de mim quem gostará? PUB). Ás excepções, por favor continuem a contribuir, vou concerteza publicá-las num futuro próximo.

Assim sendo vão ficando à minha mercê. (Hum... se calhar é isso que vocês querem!)

Na secção dos frescos esta semana começou a ser difícil. Há 1001 alternativas, 70 vezes 7 razões diferentes para diferentes sons, mas 3 vezes 9 são vinte e sete, e noves fora nada: acabei por escolher a Maria (Rita) com um samba, para celebrar antecipadamente os dias mais quentes que ainda estão para vir (I hope so!).

“Perfumei o corredor
Defumei o elevador
Prá tirar de vez o mal olhado
A saudade me esquentou
Consertei o ventilador
Pro teu corpo não ficar suado
Nessa onda de calor
Eu até peguei uma cor
Tô com o corpo todo bronzeado...

(...)

E se voltar te dou café
Preliminar com cafuné
Prá deixar teu dia mais gostoso
Pode almoçar o que quiser
E repetir, te dou colher
Faz aquele jeito carinhoso
Deixa pintar o entardecer
E o sol brincar de se esconder
Tarde e chuva eu fico mais fogosa
E vá ficando pro jantar
Tu vai ver só, pode esperar
Que a noite será maravilhosa
Yeh! Yeh! Yeh!...”

Na secção dos congelados continuamos no capítulo francófono! (Por favor não desistam desta rubrica só porque tem algumas coisas em francês, até pus uma versão com legendas!). Desta vez regressamos ao ano de 1973 e o senhor que despertava as paixões chamava-se Joe Dassin (Coloco-o aqui sobretudo por que me lembro muito bem disto tocar lá em casa quando eu era “ainda mais” piquenina). A música “Et si tu n’existais pas”.

Um bom fim-de-semana!
P.S. Como actualizei (antes de tempo) deixarei as músicas da passada semana ligadas a esta rubrica, mais alguns dias.

P.S. I Love you




Também sobre amor e fazer caminho, mas num registo oposto ao d'A Estrada (não é possível comparar) encontra-se o livro "P.S. I Love you" ("P.S. Eu amo-te" na versão portuguesa, editado pela Editorial Presença) da Cecelia Ahern.


Holly Kennedy é uma jovem (durante o seguimento da história faz 30 anos) que é casada com o homem de sua vida, o divertido e apaixonado Gerry. Mas ele fica doente e morre, o que deixa Holly em estado de choque. Como legado, Gerry faz uma lista de tarefas que a mulher terá de cumprir ao longo de 10 meses. Como alguém sobrevive à dor da perda? E como é que alguém que a ama a ajuda a fazer esse caminho?


Um livro que se lê de um fôlego (Li-o no meu tempo livre entre 3ª-feira à noite e 5ª-feira à noite), bem-disposto apesar da temática (soltei umas valentes gargalhadas no comboio que liga Braga-Porto o que levou alguns dos passageiros a franzir o sobrolho às 8h), e leve sem ser acéfalo! (Entendem o que quero dizer?)

Bom para ler na praia!

P.S. Se o filme for tão despretencioso e divertido como o livro vai valer a pena ver!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Ser um copo ou ser um lago?


O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal num copo d'água e bebesse.

Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.

Ruim - disse o aprendiz.

O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse noutra mão cheia de sal e levasse a um lago.

Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.

Então o velho disse:

- Beba um pouco dessa água.

Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:

- Qual é o gosto?

- Bom! disse o rapaz.

- Você sente o gosto do sal? perguntou o Mestre.

- Não disse o jovem.


O Mestre então, sentou -se ao lado do jovem, pegou nas suas mãos e disse:

- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.


Noutras palavras:

É deixar de Ser copo, para se tornar num Lago.
Post Scriptum Obrigado a quem me enviou esta mensagem!

terça-feira, 1 de julho de 2008

A NÃO PERDER: A ESTRADA!










Nos tempos que correm podia ser um livro escrito por camionistas, a propósito da crise dos combustíveis, a combinar o próximo bloqueio ou com piadas sobre o Sócrates, mas não é.

Recebi-o como prenda de aniversário com a seguinte dedicatória: “ A Vida faz-se com muitos passos, em companhia. Que sejamos sempre companheiros de viagem como nos relata este romance.”

Começo por vos dizer que é um dos melhores livros que li até hoje. Sem dúvida porque é um livro bem escrito, profundo, duro, e também porque o li na altura certa. Quando o comecei a ler achei que era parado, que aquilo não atava nem desatava, acabei o livro lavada em lágrimas e de alma lavada. Que pena seria eu ter passado a minha vida sem ter sabido da existência deste livro! E quantos mais haverá e eu não sei...

A história. Um homem e o seu filho percorrem a estrada, em direcção à costa, num mundo post-apocalíptico. Não sabemos o que aconteceu antes, não sabemos os nomes de ninguém, não sabemos como são fisicamente, nem qual o seu passado, não sabemos o porquê de chegar à costa. Sabemos apenas que aquele homem e aquela criança têm que sobreviver numa terra queimada, destruída, onde (quase tudo) morreu, que está coberta de cinzas. Eles vão enfrentando o frio, a chuva e a falta de alimentos, de abrigos, de ajuda de companhia. Já não há aves, nem peixes, nem qualquer outro tipo de animais, as árvores estão mortas, queimadas, e as cidades estão desertas... ( e mais não digo, porque é da descoberta que se fazem as histórias dos livros)

Escrito por Cormac McCarthy, é um livro feito da ausência de nomes e com uma míriade de coisas em aberto. Ficamos com o campo livre para imaginarmos uma grande parte do enredo, sendo que isso não é o essencial, ao fim e ao cabo. Não há divisão em capítulos e está povoado de diálogos deliciosos entranhados no texto, como este:
“Não dava para verem isto de muito longe, pois não, papá?
Quem?
As pessoas, fosse lá quem fosse.
Não. Não de muito longe.
Se quiséssemos mostrar onde é que estávamos.
Aos homens bons, queres tu dizer?
Sim. Alguém que quiséssemos que ficasse a saber onde é que nós estávamos.
Quem, por exemplo?
Não sei.
Deus, é isso?
Sim. Talvez alguém do género.”

Não percam! Acreditem que sou infinitamente "mais rica" depois de o ter lido.
Boa semana!
P.S. A edição em português é da Relógio d'Água.

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