domingo, 28 de outubro de 2012

Poemas que vivem na Casota

na hora de pôr a mesa, éramos cinco:
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viúva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco.
[José Luís Peixoto]

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

viagens no tempo

faço muitas. algumas faço-as inadvertidamente.
aconteceu hoje quando, por acaso, ouvi esta música..
e voltei à minha infância.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Poemas que vivem na casota (não me recordo no número)

A Pedra de Toque

Isto que se pensa
isto que se diz
é o toque da pedra
o milagre do giz.

É o deslumbramento
de se poder gravar
na ardósia do momento
o grifo do mal estar.

É o pressentimento
de se poder somar
o riso com o risco
o rictus com o mar.

É possuir-se o lento
tempo de calar
(mui leal conselheiro
dos que sabem cantar).

É esperar-se por dentro
o que nos vem de fora
e atirar a pedra
nos homens e na hora.

José Carlos Ary dos Santos

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

gosto de... quem gosta de avós

Eu que me comovo por tudo e por nada. Eu que sou fã de avós. Eu que sou uma mariquinhas. Eu que sinto tanta falta do meu avô e que amo de paixão a minha avó.

Não é o que de mais brilhante ele já fez mas, para mim, é o mais bonito. Ver aqui.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

gosto de... rituais

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

compatibilidades

(braga, setembro 2012)

  © Blogger templates 'oplanetadapiquenina' by oplanetadapiquenina 2009

Back to TOP