domingo, 31 de julho de 2011

descanso

s. m.

1. Acto de descansar.
2. Sossego, repouso, folga.
3. Vagar; pachorra; pausa.
4. Apoio; alívio.
5. Pessoa em quem se confia.
6. Sono.
7. Peça que retém firme o cão da arma de fogo.
 
é a minha única ambição.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

tu queres ver...

"Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras: ninguém desconfia do meu anti socialismo interno. Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. Penso como um homem, mas sinto como mulher. Não me considero vítima de nada. Sou autoritária, teimosa, impulsiva e um verdadeiro desastre na cozinha. Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia. Vida doméstica é para os gatos.
Tenho um cérebro masculino, como lhe disse, mas isso não interfere na minha sexualidade, que é bem ortodoxa. Já o coração sempre foi gelatinoso. Faz eu dizer tudo ao contrário do que penso: nessas horas não sei onde vão parar minhas ideias viris. Afino a voz, uso cinta-liga, faço strip-tease. Basta me segurar pela nuca e eu derreto, viro pão com manteiga, sirva-se.
Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna, delicada. Acho que sou promíscua. São muitas mulheres numa só, e alguns homens também."

[Martha Medeiros]

quinta-feira, 28 de julho de 2011

corro risco de vida

obrigada ao A. pela imagem
verificam-se todos estes requisitos na casota

só p'a ela não achar que é a única cientista do pedaço

tirada daqui

quarta-feira, 27 de julho de 2011

é pá, é o que o pessoal diz: nunca vás a calomanhengue. calomanhengue é para estômagos muita duros. calomanhengue é estilo cacém!

não consigo dizer que parte gosto mais.

porque na vida não há formatações de disco...


“Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguém antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma.
(…)É preciso aceitar esta mágoa, esta moínha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução.

(…)Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado. O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.”


[Miguel Esteves Cardoso, in Último Volume]

terça-feira, 26 de julho de 2011

já perdi a conta

a quantas andorinhas ele já caçou este ano e excluindo desta contagem pardais e afins.
ontem consegui salvar esta. foi mais desnudada, mas viva.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

efeito estroboscópico: YOU'VE MADE MY DAY


fico à espera de receita de sericaia!

it's the final countdown

porque as férias estão mesmo a chegar.

domingo, 24 de julho de 2011

vivo demais, em excesso, a transbordar.

é esse o meu problema.
sinto tudo e muito. não há um modo de baixa intensidade.

se podia mudar? sim, mas acho que não gosto da alternativa

sábado, 23 de julho de 2011

hoje é dia de

ah e tal!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

se eu ganhasse à parvoíce era excêntrica sem jogar no euromilhões


no fb

Criatura nº1 coloca no seu estado: 
"Trabalha como se vivesses para sempre. Ama como se fosses morrer hoje". Séneca
Criatura nº2 vai comentar e diz:
"Faço da resposta da piquenina a minha!!! :) [eu sei que ela Ainda não respondeu :) Mas vai responder :)
 
Criatura nº 3 (EU):
:D Criatura nº 2 Criatura nº1: a esta hora ainda não bebi as cervejas suficientes que me permitam entabular uma conversa com filósofos mas, fazendo o que posso com as condições do momento, isso para mim significa trabalhar pouco e pinar muito, por isso GOSTO!!!
 
Criatura nº2:
Piquenina acho que vou ser despedida ou internada... estou a rir à gargalhada com a tua resposta :):)

confirma

"Uma mulher não perdoa uma única coisa no homem: que ele não ame com coragem. Pode ter os maiores defeitos, atrasar-se para os compromissos, jogar futebol no sábado com os amigos, soltar gargalhada de hiena, pentear-se com franjinha, ter pêlos nas costas e no pescoço, usar palito de dente, trocar os talheres de um momento para outro.
Qualquer coisa é admitida, menos que não ame com coragem
.”


[Fabricio Carpinejar]

provérbios dos piqueninos

"Se pensas que és piquenino para fazer a diferença... tenta dormir num quarto fechado com um mosquito."

Provérbio africano

quinta-feira, 21 de julho de 2011

some things you have to believe, but others are puzzles, puzzling me

gosto de...

agradecimentos simples, genuínos e verdadeiros (até porque eu não tenho qualquer poder e/ou influência e por isso não sou um alvo de bajulação para atingir qualquer fim).
este em especial, e que me contempla num projecto de licenciatura diz, mais ou menos assim (estou a citar de cor):
"agradeço à sílvia pela sua disponibilidade em responder a todas as minhas perguntas, mesmo as mais simples, pelo seu sorriso e a sua boa disposição"

é um quentinho que fica cá dentro

quarta-feira, 20 de julho de 2011

instruções de como celebrar a alegria de se ser livre

10 anos

vai fazer 10 anos (dia 28 de Julho) que parti para o Brasil para fazer um mês de voluntariado na favela, em Belo Horizonte e, hoje, a propósito de um email que recebi há dias na tentativa de juntar todo o grupo que foi de Portugal num encontro de celebração deste aniversário dei-me conta:
- que o tempo voou
- que a minha vida mudou muito nos últimos dez anos e a todos os níveis
- que esta experiência me moldou e contribuiu muito para a pessoa que sou hoje.

o mote dessa acção de voluntariado era "Cuidar do outro"
hoje, como há dez anos atrás, continua válido e presente.

caramba, caneco, chiça: 10 anos!!!

terça-feira, 19 de julho de 2011

O desabafo

se as férias não chegam vou matar alguém, ou muitos alguéns! de modo relativamente aleatório e +/- indiscriminado!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

e é esta a minha vida...

 salvar andorinhas (neste planeta baptizadas de sansões) que o sr. Miu caça, 
cada vez mais facilmente e em maior quantidade.

domingo, 17 de julho de 2011

bom domingo

sábado, 16 de julho de 2011

arrepia-me

sexta-feira, 15 de julho de 2011

nem pessimista nem esperançosa

não sou nem uma coisa nem outra (digo eu que olho para mim de dentro e sem distanciamento).
sou dura nas avaliações da realidade que me rodeia, terra-a-terra, e não, não entro em conta com o factor surpresa (das boas claro). 
não espero nada, nem do "mundo" nem de ninguém. por isso tudo o que vem de bom é efectivamente uma surpresa boa. sinceramente não percebo o porquê das pessoas viverem na esperança. a mim soa-me a auto-ilusão e ilusão, por ilusão, eu prefiro a que é (bem) executada por outros e que me deixam os olhinhos a brilhar e um misto entre querer e não-querer como se faz, para não quebrar o encanto da "magia". mas admito que serei eu que não sou capaz de me deixar encantar por essa "magia".


dormir com a pata de fora

são begónias, senhor, são begónias

a mais recente espécie a florir na casota.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

o que há em mim é sobretudo

sono, cansaço, inércia, incapacidade de concentração e um não-sei-o-quê de desalento.

pinus farfalhus

e como está, agora.

ciclos de aquecimento-arrefecimento

quarta-feira, 13 de julho de 2011

felino+manjerico=

miu com cheiro a manjerico
:) hoje quando cheguei à casota e peguei nele nem queria acreditar,
todo ele emanava um intenso odor a manjerico.

ivan lins

um mestre.
um show fantástico.
arrepiante.
inesquecível.
um mimo para a alma.
sem dúvida um dos concertos do ano.
aconteceu no theatro circo e a um preço inacreditável.

terça-feira, 12 de julho de 2011

o + recente presépio na casota

obrigada Sofia

sabemos que estamos a caminho da loucura

quando 2h depois de o termos comprado, e sem ter tido tempo de o ler, reciclamos o jornal mas deixamos o caderno de golfe.
quando nos esquecemos do telemóvel no balcão de uma loja.
quando perdemos um casaco e não fazemos ideia de onde nem como e só descobrimos quando procuramos incessantemente por ele.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

lembra de mim

palavras sábias

coracao da gente é igual pais
não deu certo uma mudanca, você muda de esperança

ivan lins

domingo, 10 de julho de 2011

a arte de saber esperar

com google e telemóveis e internet a arte de saber esperar está a entrar em vias de extinção e a contribuir para que a minha paciência seja uma espécie prestes a extinguir-se.

sábado, 9 de julho de 2011

ele esteve lá e eu também, no mesmo dia e à mesma hora

sexta-feira, 8 de julho de 2011

eu ouvi ao vivo com estes ouvidinhos que criam cera nas horas vagas



I turn the music up, I got my records on
I shut the world outside until the lights come on
Maybe the streets alight, Maybe the trees are gone
I feel my heart start beating to my favourite song

And all the kids they dance, all the kids all night
Until monday morning feels another life
I turn the music up
I'm on a roll this time

And heaven is in sight

I turn the music up, I got my records on
From underneath the rubble, sing a rebel song
Don't want to see another generation drop
I'd rather be a comma than a full stop

Maybe I'm in the black, Maybe I'm on my knees
Maybe I'm in the gap between the two trapezes
But my heart is beating and my pulses start
Cathedrals in my heart

As we saw oh this light I swear you, emerge blinking into
To tell me it's alright
As we soar walls, Every siren is a symphony
And every tear's a waterfall
Is a Waterfall
Oh
Is a Waterfall
Oh Oh Oh
Is a, Is a Waterfall
Every tear
Is a Waterfall
Oh Oh Oh

So you can hurt, hurt me bad
But still I'll raise the flag

Oh
It was a wa wa wa wa wa-aterfall
A wa wa wa wa wa-aterfall
Every tear
Every tear
Every teardrop is a Waterfall
Every tear
Every tear
Every teardrop is a Waterfall

acabe-se de vez com essa grande dúvida existencial, OK?

Over or Under
Via: Engineering Degree

quinta-feira, 7 de julho de 2011

inside job


o filme mais pornográfico que vi nos últimos tempos e que explica muito bem como chegámos a esta crise e porque é que não vamos sair dela.
aconselho todos a ver este filme, no entanto...

aviso: se querem continuar a acreditar na Humanidade, no Homem, etc... não vejam.
se são ingénuos e querem continuar a ser... não vejam.
se não querem vomitar... não vejam.

José Gomes Ferreira rules!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

ambiciosa

por umas férias que se possam traduzir por uma fotografia como esta.
imagem daqui

not cold play, it's more like warm play

When you try your best, but you don't succeed,
When you get what you want, but not what you need,
When you feel so tired, but you can't sleep
Stuck in reverse

And the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone, but it goes to waste
Could it be worse?

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try, to fix you

And high up above or down below
When you're too in love to let it go
But if you never try, you'll never know
Just what you're worth.

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try, to fix you.

Tears stream down your face,
When you lose something you cannot replace
Tears stream down your face
And I... 

Tears stream down your face
I promise you I will learn from my mistakes
Tears stream down your face
And I...

Lights will guide you home
And ignite your bones
I will try to fix you...

terça-feira, 5 de julho de 2011

gosto (porque não se esgotou no post anterior)

de abraços. de silêncio. do cheiro a terra molhada. do cheiro de café, logo de manhã. de migas de tomate feitas pela avó. da lua. de ver debates políticos e congressos partidários. de ler o jornal em papel. de reeencontrar amigos ao fim de muito tempo e sentir que é como se não nos víssemos desde o dia anterior. de receber cartas no correio e que se podem guardar no meio dos livros. de partir loiça quando estou chateada com um F grande. de ser despenteada e de que um dia me tenham alcunhado de "a doutora despenteada". de andar de comboio. de ter tido 18 no último teste de italiano. de ouvir os sinos na aldeia. de justiça. u2, peter gabriel, david bowie, michael bublé, depeche mode, camané, bach, deolinda... de scones e chá no inverno. de finos/imperiais e tremoços no verão. de ajudar. da praia. do campo. de descobrir uma nota esquecida no bolso de um casaco, quando volto a vesti-lo no inverno seguinte. do cheiro de roupa lavada. de pasteis de nata, de tentúgal, de massa tenra, de bacalhau.

há limites...

que ultrapassamos e de que nem nos damos conta.
nem sempre isso é bom. nem sempre é sinal de superação.


Pudesse eu não ter laços nem limites
Oh vida de mil faces transbordantes
P'ra poder responder aos Teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes 

[Sophia de Mello Breyner]

domingo, 3 de julho de 2011

em tempos de crise


sábado, 2 de julho de 2011

anda cá pertubar a sesta ao Tio Miu passarinho, anda cá!

gosto

cada vez menos de pessoas. de azeitonas. de passear na praia, no final do dia. de gaivotas. de ver florir o que plantei. de dormir sem ter horas para acordar. do meu gato. de fazer nada. de almofadas. de planear surpresas e presentes. do meu canto, do meu espaço, do meu tempo. de mim. de reencontrar gente bem-disposta. de rir e gargalhar. de molho pesto. de fazer rir. de não ser escrava dos telemóveis. de desligar. muito de ser madrinha. daquela brisa suave que atravessa os fins de tarde quentes. dançar. cada vez mais de quando me calo e guardo para mim o que penso. de caracóis e imperiais. de ver episódios, em catadupa, de séries que gosto. que respeitem o meu espaço. quando alguém realmente me ouve. um bom livro. de uma tarde fria passada à lareira com uma manta e uma caneca de chá. de colo. de imaginar como são aqueles que lêem estas linhas. de rituais. de ser de outro planeta. de não ser obcecada por nada. dos meus olhos. de botões. de presépios. dos meus pés. de lenços. de ser independente. de viajar pelas minhas memórias. de deambular a pé. de viajar. de ser piquenina. de massagens. de chapéus. de me sentir segura. de brincos. de material de papelaria.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

there's no place like home

e se por acaso não estiverem a ver qual é 
a relação entre este título e a foto cliquem aqui

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