quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

vivemos para a frente e compreendemos para trás*

Eis uma frase que retive, entre muitas outras, de um documento que hoje me chegou às mãos. Foi a propósito desse documento, que veio com o tal e-mail delicioso, que escrevi o post anterior. Fui "cobaia" para um trabalho de uma amiga e, hoje, ela não só me enviou esse documento como um e-mail comovente. Assim que o li vieram-me as lágrimas aos olhos e quando o reli também. Não só porque é bonito, mas sobretudo porque é escrito com o coração. Hoje não o transcrevo aqui, na totalidade, porque há coisas que são só nossas.


(O trabalho, sobre psicologia narrativa, incidia na análise de alguém (eu) que passou recentemente por uma experiência de perda, consequência do rompimento de uma relação afectiva)


No entanto não resisto a deixar-vos aqui um excerto do e-mail (um que posso/quero partilhar), não pelo que ele diz sobre mim mas pela forma como é escrito. Ela poder-me-ia ter dito a mesma coisa por outras quaisquer palavras, mas escolheu estas (e as outras que aqui não deixo) e isso fez (e faz) com que os meus olhos ficassem mareados. (Espero que me perdoes a inconfidência)


"Isto tudo para te dizer que tenho a prova "científica" (que grande pretensão!) da tua transformação! Afinal tudo aquilo por que passaste é apenas e simplesmente a VIDA. É assim que é, e é assim que tem que ser (sem clichets e sem lugares comuns)! O sofrimento não faz sentido em si mesmo, só faz sentido quando lhe damos sentido. Mas ele é parte da nossa existência e para que existir valha a pena, é preciso saber passar por ele. E tu, apesar de tudo, soubeste!

Sabes que estás sempre aqui, no quentinho..."

E tendo esta frase "vivemos para a frente e compreendemos para trás" em mente vos digo que, olhando para trás, ela tinha que existir na minha vida para eu ser quem sou e seguir em frente!
obrigado!


* in
Gonçalves, O. F. (2000). Viver narrativamente. A psicoterapia como adjectivação da experiência. Coimbra: Quarteto Editora.

1 comentários:

Sofia 29 de janeiro de 2009 às 11:00  

Sem dúvida. Mais uma frase sábia!

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