Poemas que vivem na Casota da Piquenina (18)
Por teus olhos negros, negros,
Trago eu negro o coração,
De tanto pedir-lhe amores...
E eles a dizer que não.
E mais não quero outros olhos,
Negros, negros como são;
Que os azuis dão muita esp'rança.
Mas fiar-me eu neles, não.
Só negros, negros, os quero:
Que, em chegando a paixão,
Se um dia disserem sim...
Nunca mais dizem que não.
[Almeida Garrett]
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