quarta-feira, 13 de maio de 2009

Poemas que vivem na Casota da Piquenina (23)

Não se perdeu nenhuma coisa em mim


Não se perdeu nenhuma coisa em mim.

Continuam as noites e os poentes

Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,

E através de todas as presenças
Caminho para a única unidade.

[Sophia de Mello Breyner]

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