Poemas que vivem na Casota da Piquenina (14)
Ontem conheci a poesia (de) e o poeta Elio Pecora, literalmente. A poesia porque adquiri o livro, o poeta porque me foi apresentado.
Deixo-vos assim com a mais recente aquisição de poemas que vivem na Casota. (A Quasi lançou, pela primeira vez, uma série de poemas escolhidos deste poeta, traduzidos em português) Eu estou rendida e vocês, deixam-se render?
Deixo-vos assim com a mais recente aquisição de poemas que vivem na Casota. (A Quasi lançou, pela primeira vez, uma série de poemas escolhidos deste poeta, traduzidos em português) Eu estou rendida e vocês, deixam-se render?
Sonhaste com o teu gato a afogar-se.
É manhã nas montanhas, no quarto
filtra-se um fresco Sol, perguntas-me:
(hesitas primeiro, olhas as tuas mãos
leves, finas como folha ou vidro,
espero um pouco ansioso, sorrio-te)
"Agora, promete-me seres eterno".
A tua voz exige resposta.
Eu digo: "Eterno é isto que vivemos.",
digo que te agridem fantasmas
desvairados no meio da alegria.
Mas nas minhas palavras está o morrer
que nos toca, a brevidade do tempo
que nos foi dado em obscura medida,
está a paixão que não sabe durar
para lá do flébil bater do coração;
está a derrota e, mesmo nesta, o bem
de ficarmos no Sol da manhã,
de atravessarmos estreitamente juntos
a hora da estação e o destino.
É manhã nas montanhas, no quarto
filtra-se um fresco Sol, perguntas-me:
(hesitas primeiro, olhas as tuas mãos
leves, finas como folha ou vidro,
espero um pouco ansioso, sorrio-te)
"Agora, promete-me seres eterno".
A tua voz exige resposta.
Eu digo: "Eterno é isto que vivemos.",
digo que te agridem fantasmas
desvairados no meio da alegria.
Mas nas minhas palavras está o morrer
que nos toca, a brevidade do tempo
que nos foi dado em obscura medida,
está a paixão que não sabe durar
para lá do flébil bater do coração;
está a derrota e, mesmo nesta, o bem
de ficarmos no Sol da manhã,
de atravessarmos estreitamente juntos
a hora da estação e o destino.
0 comentários:
Enviar um comentário