Um Jácomo de estimação
Tenho um Jácomo de estimação.
O Jácomo é um grilo e desde que o tempo aqueceu, apartir das 20h da noite, começa a “cantar” no meu terraço.
Cumprimento-o com um olá e ficamos a fazer-nos companhia aos serões. Juntamente com as floreiras e o chilrear dos imensos pardais, a quem chamo a Equipa dos Tuga, parece que estou no campo. Pondero a hipótese de virar uma “agricultora urbana”, afinal com a crise dos últimos tempos parece-me essencial, mais do que comprar o Expresso, o Público, o Diário de Notícias ou A Bola, ter sempre à mão a última edição do Borda d’Água.
Descobri o prazer de plantar e ver crescer. É verdade que sempre tive um “jeito natural” para as plantas mas, à excepção da àrvore que plantei em Belo Horizonte mas que não fui eu que fiquei a cuidar, nunca tinha experimentado o prazer de plantar e ver crescer a minha própria plantação a cada dia que passa. Entendo agora um pouco melhor o amor à terra que têm os meus avós. Digo-vos que consigo ver as diferenças de crescimento das minhas floreiras da manhã para a noite, e é emocionante! É um laço que se cria.
Um laço como aquele que criei com o Jácomo, que me acompanha na escrita deste post. E sei que amanhã, à mesma hora, ele estará por aqui assim como os cravos, a salsa, os coentros vão crescendo durante a noite e o dia que passa.
2 comentários:
Ainda bem que, pelo menos TU, consegues fazer florescer alguma coisa! Se calhar não estás tanto no caminho da loucura como pensavas... Já te disse que a Julieta morreu?
Isso é tudo solidão? Ou é mesmo amor à natureza?? lol
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