sexta-feira, 27 de junho de 2008

CO2, NaCl e Sinapses (E agora quem é que se atreve a dizer que eu não sou Cientista?)


Alguns avisaram-me.

Eu também já sabia.

Ao fim do entusiasmo inicial, semelhante ao abrir de uma garrafa de espumante (porque para além de ter um preço algo elevado, o champanhe só deve ser degustado por paladares já refinados) também as bolhinhas (que na realidade não são mais do que dióxido de carbono dissolvido no líquido e que se libertam após a abertura) deste blogue começam a escassear.
Isso e às vezes o mau-humor, o cansaço, ou até mesmo o desinteresse por um compromisso (ainda que somente comigo assumido). Mas, como diz a minha afilhada: “a minha madrinha é cientista” e, portanto, pretendo voltar a dissolver algum CO2 neste Planeta da Piquenina, sob pressão (comme il faut!).

Devo-vos dizer que o Leola faleceu e no seu obituário escrevi “Passei o Sto António/Não cheguei ao São João/A pimenta e o sal/ Fizeram-me mal à tensão”. Esclareço ainda a causa de morte, para que não paire qualquer dúvida no ar e se crie um clima de suspeição.
Não foram as dioxinas, com que supostamente tentaram envenenar o Yushchenko, não foi uma bala perdida em festejos associados a uma vitória no Euro da Selecção Nacional, nem foi violência doméstica (até porque eu de doméstica, tenho muito pouco).
Foi o NaCl (vulgarmente conhecido por sal). (NOTA: Não quero defraudar a minha afilhada quando ela invoca a minha categoria de cientista). Não porque tinha um teor de magnésio elevado, ou porque tinha a combinação errada de iões, mas porque pura e simplesmente tinha (e acreditava eu que aos manjericos não é suposto deitar sal). Não acredito que o pessoal que os vende lhes deite sal para que eles morram (obrigando o público a comprar mais), por isso a minha conclusão óbvia é que era suposto eu ter comido o manjerico (que até já vinha temperado) e não percebi a tempo.
A Ofélia, a Margarida, a Juju e os três Mosqueteiros vão bem obrigado e das floreiras então nem se fala. Eu, que suspiro o ano inteiro pela chegada do Verão, já sinto os neurónios a derreter com o calor. É isso ou aquilo que julgo serem neurónios. De qualquer das maneiras as minhas sinapses (vês afilhada, a madrinha é MESMO cientista!) já diminuíram a velocidade. Com a crise do petróleo devem ter começado a andar a pé, o que só faz bem, ou de tanta martelada que os meus (eventuais) neurónios levaram no Saõ João a probabilidade de eles estarem transformados numas migas suculentas e já não produzirem sinapses é elevada.

E agora que já dissolvi algum CO2 neste planeta deixo-vos as seguintes sugestões:


- marquem já na vossa agenda Carviçais Rock GRATUITO 2 e 3 de Agosto! Podem confirmar e ver programa em
http://jpn.icicom.up.pt/2008/06/05/musica_entrada_livre_no_regresso_do_carvicais_rock_.html

- Ópera de Mozart com marionetas no Museu do Carro Eléctrico no Porto até dia 28 de Junho (21h30). (Obrigado Alexandra pela sugestão)
Museu do Carro Eléctrico
Alameda Basílio Teles, 51
4150 - 127 Porto
Telefones
22 615 8185/2

- Uma ida hoje ao Theatro Circo de Braga para ver “O Anjo do Montemuro” integrado no Mimarte 2008!

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