Ouros, copas, espadas e paus
Perdi-me! Algures no caminho perdi-me de mim.
E, no entretanto, cansei-me.
Por isso não insisto em procurar, já procurei e já corri atrás muitas vezes, agora fico quieta, pode ser que se permanecer no mesmo sítio volte a descobrir o caminho para casa. Como quando perdemos um objecto, ou nos esquecemos do que íamos a fazer e quando refazemos o trajecto, de repente, voltamos a recordar ou a encontrar.
Não gosto de perder, nunca gostei. Em miúda, a jogar às cartas com a minha mãe, quando percebia que ia perder atirava as cartas todas ao ar para que não chegasse ao fim do jogo e não se constatasse a evidência da minha perda. Agora já não é assim, não posso deitar as cartas ao ar e efectivamente já constatei que perdi.
Se, por um acaso, me encontrarem por aí mandem-me de volta. Não sou lá muito bem mandada, mas nunca se sabe...
3 comentários:
Já toda a gente sabe que bem mandada não és... Até porque se o fosses já tinhas voltado ao centro do país, para passares uns dias descontraídos com quem te quer muito bem e tudo de bom e quiçá, se até não encontrarias um bocadinho de ti por aqui?!?
Aqui não perdes jogo nenhum.
Além disto, não é aqui que encontras uma das coisas boas da vida?... Ou estás à espera que apeteça ao teu compadre fazer mais uma grande viagem?
Em cada pegada que deixas, em cada palavra que dizes, em cada sorriso, em cada lágrima, em cada grito, em cada vez que desesperaste, em cada vez que sentiste a felicidade e num cantinho do coração de cada um dos teus amigos há um pedacinho de ti. Se os juntares, não só te encontras, como descobres que és muito Maior do que alguma vez pensaste. B'jokas, grande Piquenina.
Estamos todos aqui para te encontrares. No nosso coração, no nosso caminho, na nossa vida.
Aqui nunca te perdes, estamos cá para te encontrares.
Até breve!
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