Na mesinha de cabeceira - Estreia
"Na mesinha de cabeceira" é só uma expressão para baptizar esta rubrica, para evitar que no caso de falecimento deste berloque a rubrica não vá parar ao limbo. (E não me venham com histórias de que o limbo fechou! Não vou nessas tretas!)
Efectivamente na minha mesinha de cabeceira apenas repousa um candeeiro e, desde há uma semana atrás, uma estátua de madeira (eu que sempre me insurgi contra os bibelots e afins, começo a deparar-me com a existência de alguns aqui pela casotada piquenina. Irra! Está visto que coerência é algo que começa a desaparecer...)
Os livros há-os um pouco por todo o lado, mas sobretudo pela única estante da sala e pelo chão. Não que eu ande aos pontapés a eles, mas como o meu sofá é um colchão no chão e quando leio na cama prefiro deixá-lo repousar no chão do que elevar o braço até à mesinha de cabeceira, eles acabam por conhecer o soalho mais de perto.
Não são muitos aqui pela casota, 99,9% deles repousam ainda na casa dos meus pais. Por aqui o chão e a estante vão sendo povoados por livros oferecidos, adquiridos e/ou emprestados. O último ano e meio não foi um ano de leitura intensa, porque me deixei engolir por um ritmo de "falta de vida". Noentanto tenho tentado, desde Maio, voltar a esse prazer e a essa companhia.
Li livros mais "sérios" (como A Estrada, Na praia de Chesil, A Pastoral Americana) e livros "de gaja" (PS I Love You, Sapatos de Rebuçado, A rapariga que roubava livros). De vez em quando volto a um ou outro poema, dos poucos livros de poesia que vivem cá em casa. (Uma vez por outra sinto falto dos meus livros do Corto Maltese... isto de só se estar bem, onde não se está faz-nos sonhar com vida de marinheiro ih!ih!)
Por agora ando a ler "O fim do Sr. Y" da Scarlett Thomas, "Sábado" do Ian McEwan e "A primeira aldeia global. Como Portugal mudou o mundo" que apresenta a perspectiva sobre a história de Portugal através de um inglês de seu nome Martin Page. Falar-vos-ei deles a seu tempo.
Para estreia desta rubrica, escolhi um livro que li recentemente. Não foi por ser o melhor, ou o pior, mas porque foi uma leitura prazerosa em que uma história de amor se torna sombria, cruel e perturbante. Onde sob a capa de uma perfeição, de uma idealização, de uma vontade se esconde o que de mais perturbante se pode esconder num ser humano. Porque pessoas boas fazem coisas más! Fez-me relembrar "O Deus das Moscas". O nome do livro "A menina dos meus olhos", o autor Patrick Redmond, de quem recomendo igualmente e vivamente "Jogos Cruéis".
Boas leituras!
1 comentários:
Temos de trocar umas ideias literárias! ;p
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