quarta-feira, 25 de abril de 2012

Antes disso não podias existir

Eu perguntava-lhe como é que se mantinha o sangue-frio à frente do homem que queriam depor. E perguntava-lhe o que ele tinha sentido. E ele respondia-me, invarialvelmente, que não era ele que importava, era o país, era o futuro, era eu. Será que ainda não o tinha percebido?
(...) Para mim a história que o meu pai me contou, ano após ano, e outra vez, mais uma vez, já doente, como se me quisesse
dizer que, se eu tivesse compreendido porque o tinha feito, então já teria valido a pena, começava ali. Começaste ali, percebes? Antes disso não podias existir, percebes? 
Tiago Bartolomeu Costa sobre o pai, o furriel miliciano António Manuel Costa que fazia parte da coluna de Salgueiro Maia
in Público, hoje

1 comentários:

zica blue 28 de abril de 2012 às 23:45  

Saudades do que senti nesse dia imperdível... emoção pura!!!

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