domingo, 16 de dezembro de 2012

[sou adoptada]

mas desenganem-se aqueles que acham que dos meus pais não sou filha ou dos meus avós neta. e se dúvidas houvesse, a genética esclarece, bem como aquele sinal tão só, igual ao da avó, como quem vai a caminho da orelha esquerda.
sou adoptada porque me deixei adoptar, não sem algumas confusões muito próprias das adopções. numa família sou irmã e noutra sou tia, aquela que ninguém diria que um dia partiria sem data para regressar. naquela sou ao mesmo tempo madrinha, irmã, afilhada, comadre e, a bem dizer da verdade, já ninguém sabe como tudo começou. E na outra sou a cunhada a fingir, que um dia decidiu a mão do irmão pedir. naquela sou sobrinha, riqueza da sua tia que muito se angustia e definha quando me tenta telefonar. em nenhuma sou mãe e, aqui para nós, ainda bem! e, na grande maioria, não há nenhuma verdadeira genealogia que me permita encaixar.
sou adoptada e isso é a maior garantia de, um dia, ainda poder vir a ser pai!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

challenge accepted

"É preciso tentar ser feliz, nem que seja apenas para dar o exemplo." 
[Jacques Prévert]

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

não é a melhor, nem a mais bonita, música de natal mas é a minha preferida

domingo, 25 de novembro de 2012

manifestação na casota

Depois de terem sabido desta informação aqui juntaram-se e neste momento, em frente ao presépio na casota, decorre uma manifestação que junta equídeos e bovinos em protesto. A estes juntaram-se também alguns caprinos. Aqui está uma vista aérea.

E estas são as palavras de ordem daqueles que vêem o seu emprego e os seus direitos adquiridos revogados, ao fim de tantos anos.

 

domingo, 11 de novembro de 2012

gosto...

de quem se desnuda sem, simultaneamente, arranjar outros motivos de distracção. há, nesta entrega, uma verdade, uma força e uma beleza que ultrapassa o (eventual) embaraço de quem deste modo se apresenta. assim foi o concerto do antónio zambujo ontem no theatro circo. 5 músicos, 4 cadeiras, iluminação sóbria, o público ali em frente. a música. a autenticidade que só quem ousa desnudar-se assim será capaz de alcançar. e, de repente, há ali beleza em estado puro a acontecer, há uma pele arrepiada, há um sorriso que nasce espontaneamente, há um fechar de olhos e um sentimento de "é isto". não é um abraço vulcânico. é um encostar de cabeça naquela curva que une o pescoço ao ombro. não é fogoso. é aquele sol quente de final de tarde que aquece sem queimar. não é desenfreado. mas não deixa de ser livre.
e, exactamente por não ser arrasador, é indelével.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

do amor das pequenas coisas

do amor dos pequenos gestos. dos crepes ao pequeno-almoço. das mensagens no frigorífico. do livro que se oferece. das risotas no sofá. das canções que se partilham na viagem (as boas e as muito más). do lanche providenciado na hora. do telefonema que se faz para providenciar uma visita importante. da boleia que se dá (quando nem é para ali que se vai). da mensagem: "vou aí ter contigo". do(s) abraço(s) que não se nega(m). do jantar que se faz a quem chega sem avisar. da lágrima que fica nos olhos quando se diz: "até já" numa despedida. do ultimato/aviso: "vou esperar por ti porque quando chegares vais precisar de um abraço... ou mais. vou esperar-te hoje. nada de táxis estarei lá para vires, te fazer um chá..."
deste que é O amor que recebo e que espero conseguir dar de volta, ainda que às vezes muito atabalhoadamente.

domingo, 28 de outubro de 2012

Poemas que vivem na Casota

na hora de pôr a mesa, éramos cinco:
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viúva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco.
[José Luís Peixoto]

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

viagens no tempo

faço muitas. algumas faço-as inadvertidamente.
aconteceu hoje quando, por acaso, ouvi esta música..
e voltei à minha infância.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Poemas que vivem na casota (não me recordo no número)

A Pedra de Toque

Isto que se pensa
isto que se diz
é o toque da pedra
o milagre do giz.

É o deslumbramento
de se poder gravar
na ardósia do momento
o grifo do mal estar.

É o pressentimento
de se poder somar
o riso com o risco
o rictus com o mar.

É possuir-se o lento
tempo de calar
(mui leal conselheiro
dos que sabem cantar).

É esperar-se por dentro
o que nos vem de fora
e atirar a pedra
nos homens e na hora.

José Carlos Ary dos Santos

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

gosto de... quem gosta de avós

Eu que me comovo por tudo e por nada. Eu que sou fã de avós. Eu que sou uma mariquinhas. Eu que sinto tanta falta do meu avô e que amo de paixão a minha avó.

Não é o que de mais brilhante ele já fez mas, para mim, é o mais bonito. Ver aqui.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

gosto de... rituais

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

compatibilidades

(braga, setembro 2012)

domingo, 30 de setembro de 2012

porque não vou visitar campas em cemitérios - finalmente o conjunto de palavras que o descreve

Não chores à beira do meu túmulo
eu não estou lá… eu não durmo

Eu estou em mil ventos que sopram
E na neve macia que cai
Nos chuviscos suaves de outono
Nos campos de colheita de grãos

Não chores à beira do meu túmulo
Eu não estou lá

Eu estou no silêncio da manhã
Na algazarra graciosa
De pássaros a esvoaçar em círculos
No brilho das estrelas à noite

Não chores à beira do meu túmulo
Eu não estou lá

Eu estou nas flores que desabrocham.
Numa sala silenciosa.
No cantar dos pássaros,
Em cada coisa que te encantar.

Não chores à beira do meu túmulo
Eu não estou lá

[Mary Elizabet Frye]

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

os meus pés...

no meio de outros pés.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Impossível é não viver

(Foto tirada na Av. dos Aliados, 15 de Setembro de 2012)
 
O texto que se segue foi um contributo do escritor José Luís Peixoto para o MayDay Lisboa.
Já é antigo mas não podia ser mais actual.

Se te quiserem convencer que é impossível, diz-lhes que impossível é ficares calado, impossível é não teres voz. Temos direito a viver. Acreditamos nessa certeza com todas as forças do nosso corpo e, mais ainda, com todas as forças da nossa vontade. Viver é um verbo enorme, longo. Acreditamos em todo o seu tamanho, não prescindimos de um único passo do seu/nosso caminho.

Sabemos bem que é inútil resmungar contra o ecrã do telejornal. O vidro não responde. Por isso, temos outros planos. Temos voz, tantas vozes; temos rosto, tantos rostos. As ruas hão-de receber-nos, serão pequenas para nós. Sabemos formar marés, correntes. Sabemos também que nunca nos foi oferecido nada. Cada conquista foi ganha milímetro a milímetro. Antes de estar à vista de toda a gente, prática e concreta, era sempre impossível, mas viver é acreditar. Temos direito à esperança. Esta vida pertence-nos.

Além disso, é magnífico estragar a festa aos poderosos. É divertido, saudável, faz bem à pele. Quando eles pensam que já nos distribuíram um lugar, que já está tudo decidido, que nos compraram com falinhas mansas e autocolantes, mostramos-lhes que sabemos gritar. Envergonhamo-los como as crianças de cinco anos envergonham os pais na fila do supermercado. Com a diferença grande de não sermos crianças de cinco anos e com a diferença imensa de eles não serem nossos pais porque os nossos pais, há quase quatro décadas atrás, tiveram de livrar-se dos pais deles. Ou, pelo menos, tentaram.

O único impossível é o que julgarmos que não somos capazes de construir. Temos mãos e um número sem fim de habilidades que podemos fazer com elas. Nenhum desses truques é deixá-las cair ao longo do corpo, guardá-las nos bolsos, estendê-las à caridade. Por isso, não vamos pedir, vamos exigir. Havemos de repetir as vezes que forem necessárias: temos direito a viver. Nunca duvidámos de que somos muito maiores do que o nosso currículo, o nosso tempo não é um contrato a prazo, não há recibos verdes capazes de contabilizar aquilo que valemos.

Vida, se nos estás a ouvir, sabe que caminhamos na tua direcção. A nossa liberdade cresce ao acreditarmos e nós crescemos com ela e tu, vida, cresces também. Se te quiserem convencer, vida, de que é impossível, diz-lhe que vamos todos em teu resgate, faremos o que for preciso e diz-lhes que impossível é negarem-te, camuflarem-te com números, diz-lhes que impossível é não teres voz.

José Luís Peixoto

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

esbardalhar-me à grande

é algo que eu faço na perfeição (à excepção do primeiro significado que, eu cá, não sou de inconfidências).

ESBARDALHAR
v. tr.
1. Contar o que é ou não secreto; praticar inconfidência.
2. Zangar-se, falar em tom mais alto.
3. [Portugal: Trás-os-Montes] Estragar, desmoronar.
v. tr. e pron.
4. [Portugal, Informal] Ter um acidente (ex.: esbardalhou o carro na curva; esbardalhou-se a alta velocidade). = ESPETAR, ESTAMPAR
v. pron.
5. [Portugal, Informal] Dar uma queda (ex.: esbardalhou-se ao comprido na entrada do cinema). = ESPETAR

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

férias

chegaram e passaram mas, este ano, estarão sempre presentes. as férias que souberam a eternidade e felicidade. feita, como sempre, de coisas piqueninas. abraços. passeios na praia, deserta, ao final do dia. banhos de mar. conversas sem rumo. pistas para o futuro. reencontros. muitos. riso. crianças. gargalhadas. petiscos na esplanada. esbardalhanço monumental na praia. descobertas. expressões que para sempre marcarão estas férias. avó. as minhas girls. passeios até ao jardim no final do dia. matar saudades de sabores que ficam longe a maior parte do ano. amizades de sempre. sol. piscina. sestas. livros. e, a certeza, em que não se repetindo o tempo este foi um dos mais felizes da minha vida e eu soube-o na altura.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Dos prazeres das férias

As férias são boas por muitos motivos (todos os conhecemos, não vou enumerá-los), mas quando as férias são oportunidade para visitar e rever amigos, mesmo que o tempo seja curto ele é um tempo "perfeito"! :-) Foi assim ontem e foi tão bom que merece um registo neste planeta tão especial.
Elas são especiais, ontem eu vi-as assim...
"Senhoras da Aldeia", Carviçais, Agosto de 2012
"Cicerone e contadora de histórias", Carviçais, Agosto de 2012

segunda-feira, 30 de julho de 2012

há gente que sabe como entrar por uma porta

(Faro, Julho 2012)

domingo, 29 de julho de 2012

speak porto

é o nome de um projecto que nasceu pela mão de alguém que veio de cascais para o porto e, ao fim de quase 20 anos a viver no porto, diz que já tem dupla nacionalidade e fala duas línguas. eu, sinto o mesmo e, por isso, este e outros pins vieram comigo na primeira vez em que me cruzei, ao vivo e a cores, com este projecto. para saberem mais naveguem por aqui

sábado, 28 de julho de 2012

a Marilyn de São Bento

(Estação de São Bento, Porto)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

este filme teve entrada directa na categoria: mimo para a alma

tudo tão bom, tão cuidado, tão bem abordado. tão bem interpretado!
(adoro a cena no hospital!)
bom, mas bom!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

drive

tinha tudo para ser muito mau, mas é bom!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

"igreja" candidata à apreciação da Piquenina

La Laguna, ilha de Tenerife, Espanha
(Julho, 2012)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

couldn't say it better

(imagem via favim.com)

terça-feira, 17 de julho de 2012

hoje fiz de coveira


segunda-feira, 16 de julho de 2012

é tudo uma questão de postura


La source des femmes

Sobre as mulheres que ousam e os homens que ousam com elas.
Sobre a dignidade, a beleza, as tradições, o amor, os erros, os recomeços.
Sobre a dificuldade de mudar o pensamento e as atitudes.
Sobre os desafios.
Um dos filmes mais bonitos que vi nos últimos tempos.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

a risada mais gostosa

Quero sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa
Quero sua alegria escandalosa
Vitoriosa por não ter
Vergonha de aprender como se goza
Quero toda sua boca castidade
Quero toda sua louca liberdade
Quero toda essa vontade
De passar dos meus limites
E ir além, e ir além
Quero sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Coisas avulsas que me dizem em contextos variados

 "Piquenita es a MAIOR!!! E se precisares de um afilhado na categoria + 40 estou disponivel... bjs"
(no decorrer de uma troca de mensagens em que ambos estávamos a tentar animar uma amiga comum)

"Gosto mesmo de estar contigo!"
(depois de 15 dias sem me ver)

"Não sabemos o que vem amanhã com o novo dia... disse-me uma amiga. Eu sei que vou gostar de ti, não sei muito mais. Hoje isso basta-me!"
(uma sms num dia em que estava muito "estragada" e em que me tinha esquecido os meus próprios ensinamentos - eu sou a amiga referida.)

"Obrigada gaijinha, pelas gargalhadas. Por me fazeres rir."
(ao telefone, com alguém que atravessa uma fase não tão boa)

"Gostei TAAAAANNNTO do nosso almoço hoje! :)"
(um sms num dia de almoço especial e como há muito já não partilhávamos)

(eu sei que toda a gente ouve coisas destas mas para mim estes "piqueninos nadas" têm sabor a eternidade)

I think I saw...

ANDORINHAS!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Dinheiros da Comissão Europeia

gastos neste vídeo. (não consigo dizer mais nada)

sábado, 7 de julho de 2012

je vends des robes

Era esta a música que tocava na recepção do hotel quando cheguei 
para a última noite em Bordéus.
Impossível não ficar contagiada, digo eu!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

"igrejas" que aprecio

(Bordéus, Junho 2012)

quinta-feira, 5 de julho de 2012

"igrejas" que aprecio

(Bordéus, Junho 2012)

terça-feira, 3 de julho de 2012

a minha resposta a esta mensagem

"Minha querida piquenina. Sei pouco do que andas a fazer e por ondes andas, mas pareces-me feliz. (...) Conta-me coisas tuas e que segredos descobriste tu para atingires esse aparente estado de graça. E se for um segredo daqueles que resultam mesmo vou ficar puto por não o teres partilhado."


... Se há coisa que aprendi é que não podemos planear o futuro porque a vida muda num segundo. E isso todos, na verdade, sabemos mas viver com essa consciência no dia-a-dia foi algo que ganhei. Por isso stresso-me menos, angustio-me menos, sofro menos. Tenho dias maus como toda a gente mas aí agarro-me aos pequenos prazeres e felicidades que descobri e que cultivo. Tenho uma situação profissional muito instável, ou vivia angustiada com isso ou optava por tirar o melhor partido da situação e, agora, a todos os níveis é isso que tento fazer. Não espero nada de ninguém, antes pelo contrário e por isso é uma maravilha quando alguma coisa boa acontece (como esta mensagem, hoje). Do mau tiro o bom. Não faço fretes e, se por um acaso tenho que fazer algum tiro a lição que isso me der. Quando um dia corre muito mal, à noite tiro prazer de um copo de vinho, de um telefonema à minha avó. Deixei de fazer contas e de me angustiar com o facto de um dia poder não ter dinheiro. Vivo com o que tenho, com cabeça tronco e membros, e se um dia me deparar com essa situação logo me preocuparei. Aceitei que há coisas que não vou ser na vida, e outras que não irei concretizar. Ajudo quem me pede ajuda e até aqueles que não me pedem. Desliguei-me da igreja e, até certo ponto, de Deus. Nas dificuldades conto comigo e nas bençãos agradeço a algo que às vezes sinto que - eventualmente - anda por aí. Se uma companhia me faz mal à existência (porque só vive de dizer mal e de reclamar) afasto-me, não deixo que me aluguem a alma para despejarem o seu caixote do lixo, dia após dia. Estou cá para os amigos, mas dou-me o direito de não estar sempre bem. Vivo de pequenos nadas e de pequenos prazeres. O gato que se enrosca a mim e ronrona. O sol e o calor nas costas e se, por acaso, chove danço à chuva. Rio muito e gargalho ainda mais, ainda que isso incomode as pessoas e que elas estejam sempre a tecer comentários. Descobri (alguns) os meus limites. Sei que sou razoavelmente boa nalgumas coisas, medíocre noutras. Assumo que não sei, assumo as dificuldades. Evito os conflitos, aprendi a calar quando sei que ninguém vai ouvir. Não fujo deles, quando entendo que são necessários. Percebi que posso fazer tudo certo e, mesmo assim, não ser recompensada. Por isso, em algumas situações também não me sinto obrigada a "fazer tudo certo". Dou cada vez mais valor, à minha mãe, à minha avó, ao meu pai... do meu avô sinto muita falta, mas sei que enquanto ele esteve por cá eu fiz tudo o que podia. Vivi muitos bons momentos com ele que recordo com grande intensidade e amor. Vivi muitas coisas boas no passado e muitas coisas más. Não vivo agarrada a nenhumas. Todos os dias tento ser um bocadinho melhor como pessoa. Às vezes falho redondamente. Tenho umas frases coladas na parede da casa-de-banho: "Hoje, apenas hoje serei feliz" do João XXIII; "Tudo tem a sua ocasião própria e há tempo para todo o propósito debaixo do céu" do Eclesíastes; "Je suis comme je suis je suis faite comme ça, quand j'ai envie de rire oui je ris aux éclats" do Prévert e "Quando nada é certo, tudo é possível" da Margaret Crabble
Há dias em que isto tudo falha e, nesses dias, choro, morro e no outro dia renasço de novo e tento outra vez. Levo-me pouco a sério. Não faço dieta. Dou-me várias vezes o prazer de não cumprir um dever. Faço surpresas, escrevo cartas. Convido pessoas para virem comer comigo. Não deixo nenhum elogio por fazer. Digo mais bem, e elogio mais, do que crítico. Não me interesso pela vida das pessoas a não ser que elas a queiram partilhar comigo. A curiosidade, pela curiosidade não me importa. Encerrei capítulos na minha vida. Deixei pessoas. De vez em quando vou fazer uma massagem. Quando tenho de fazer alguma tarefa doméstica que odeio, ponho uma música boa a tocar e não passo mais de 1h a fazê-la. Durmo sestas. Planeio pouco. Executo mais. E é isto e, se calhar outro tanto que não sei identificar. Fico feliz com mensagens inesperadas como esta tua, hoje. E isso faz-me sentir um pouco de eternidade.
Respondi à pergunta, que não foi exactamente feita?

it is I: piquenina


segunda-feira, 2 de julho de 2012

estragam-me com mimos

voltei de viagem e tinha este presente na caixa do correio.


ameeei! obrigada girls.

simetria

domingo, 1 de julho de 2012

"igrejas" que aprecio

(Bordéus, Junho 2012)

sexta-feira, 22 de junho de 2012

sobre coisas inúteis...


quinta-feira, 21 de junho de 2012

e assim vai o mundo...

pelo menos para alguns.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

há dias em que tudo corre bem...

e, mesmo assim, nos sentimos a pior das criaturas.
e há dias em que tudo parece correr mal e, ainda assim, conseguimos sentir-nos assim.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Coisas que me emocionam...

programas como o BBC Terra dedicados aos grandes felinos.
update, agora com o vídeo em questão.

domingo, 17 de junho de 2012

Madame Frou Frou

porque não há como ter a vida empatada!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

às vezes não sabemos o bem que fazemos...

até recebermos uma sms como esta.

"Obrigada por tudo! Obrigada pela conversa de ontem... Precisava de te ouvir. Provavelmente vais ter de a repetir... Adoro-te, és infinitamente especial"

quarta-feira, 13 de junho de 2012

o inóspito pode ser incrivelmente bonito


terça-feira, 12 de junho de 2012

na casa-de-banho da casota


segunda-feira, 11 de junho de 2012

sou uma comum mortal

a viver num planeta específico.
ele há dias em que me sinto uma merda e dias em que me sinto especial (deveras especial).
ele há dias em que sinto que não conto para nada e outros em que sei que fiz toda a diferença.
ele há dias em que olho para a minha história e a julgo insignificante e outros em que me dou conta que ela é tão rica, tão cheia, tão plena, tão díspare, tão minha.
ele há dias em que me sinto incoerente e outros em que me dou conta que, em tudo o que realmente importa, sempre fui igual a mim.

ele há dias em que eu digo: "ele há dias" mas o que eu devia dizer é: "ele há momentos".


danças ocultas

foi um dos primeiros CD's que comprei, já lá vão 16 anos.
danças ocultas faz parte do meu lado romântico.

domingo, 10 de junho de 2012

classe

é "alcatifar" o chão do terraço com o Expresso para fazer uma sardinhada.

sábado, 9 de junho de 2012

assustadora, doentia, tensa, inquietante...

são alguns dos adjectivos usados para classificar a arte
do dinamarquês Don Kenn, que faz ilustrações como esta. 
eu??? gosto taaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaanto!
podem ver mais aqui e aqui.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

intoxicated, oh, struggling to breathe


terça-feira, 5 de junho de 2012

panisguice

mandei fazer esta pulseira. representa o meu afilhado e a minha afilhada. 

segunda-feira, 4 de junho de 2012

couldn't say it better


quinta-feira, 31 de maio de 2012

Poemas que vivem na Casota (33)

(Do amor)
Ama-me. Ainda é tempo. Interroga-me.
E eu te direi que nosso tempo é agora.
Esplêndida de avidez, vasta ternura
Porque é mais vasto o sonho que elabora
Há tanto tempo sua própria tessitura.
Ama-me. Embora eu te pareça
Demasiado intensa. E de aspereza.
É transitória se tu me repensas.

[Hilda Hilst]

quarta-feira, 30 de maio de 2012

um documentário curto

bestialmente feito.

terça-feira, 29 de maio de 2012

i find happiness in simple things


sobre a vida (a minha, bem entendido)

tudo corre como de costume.
a motivação já foi maior, mas também já foi bem menor. é uma auto-disciplina diária para não se cair numa espiral negativa.
as minhas miúdas fizeram anos (mãe e avó), no entretanto, e é sempre bom saber que as tenho comigo.
o Miu agora deu em trazer grilos para casa (e para que mais estarei eu guardada) e os primeiros lírios do terraço já floriram.

como vêem, nada de novo neste planeta, mas muitos piqueninos apontamentos que me sabem bem.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

ai, olha p'ra mim


terça-feira, 22 de maio de 2012

:)


sábado, 19 de maio de 2012

lights will guide you home

(o concerto dos Coldplay, ontem no Dragão, fotografia de Catarina Loureito)

Alegria à entrada. Chuva. Muita. Antes de eles tocarem. Nós: Capas Azul & Rosa. Reencontros (surpreendentes) num estádio apinhado. (a minha) Primeira Vez no Dragão (what a f*cking amazing stadium). Confetis. Fogo de Artifício. Pulseiras luminosas que acompanham a música. Uma plateia colorida. Arrepiante. Electrizante. Emocionante. Vibrante. Felizes (muito) à saída. Que concerto!!!!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

entranha-se sem se estranhar


quarta-feira, 16 de maio de 2012

bebedeira de vermelho

terça-feira, 15 de maio de 2012

bullets on parade

There was a time
when I spoke to death
but I was dead before
my ship in a parade
I'm just taking over

I said one just for the gun,
said two for the eyes
said three and start
shooting over

This is about the day
when I spoke with death
"but you're dead before"
they keep singing over

This is what?
Just feeling older

Finally I understood
that the parade is my head
and that kids in the garden
are only my thoughts...

I said one just for the gun,
said two for the eyes
said three and start
thinking over

This is about the day
when I spoke with me
But i'm a writer that spoke
still killing over

This is what?
Just feeling older



segunda-feira, 14 de maio de 2012

coisas piqueninas (que aconteceram hoje em transportes públicos

no autocarro. 
um moço com uma das havaianas que trazia lixada pergunta-me: 
- "tens um atilho?"
não tinha, mas tinha uma pequena mola de orelhas que lhe ofereci e que lhe salvou a ida até casa.

no comboio. (eu ao pc.)
moço à minha frente, apontando para o livro que tinha ao meu lado: 
- "importa-se que eu leia um bocadinho?" 
e eu (surpreendida, confesso): 
- não!, passando-lhe o livro para a mão. e o livro está a salvá-lo (neste momento) de uma viagem entediante.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

tem sido, mais ou menos, isto


quinta-feira, 10 de maio de 2012

couldn't agree more


quarta-feira, 9 de maio de 2012

mulheres


piquenina... foi ver os aviões

segunda-feira, 7 de maio de 2012

é a chamada "mania das grandezas"

 ou a salsa que pensa ser uma palmeira.

na categoria: capaz de percorrer todas as células do corpo

encontra-se esta música.

domingo, 6 de maio de 2012

my girl


quinta-feira, 3 de maio de 2012

momento "nunca o Cavaco faria uma coisa destas" da semana


em replay

e a fazer lembrar Pascal Comelade

quarta-feira, 2 de maio de 2012

sem cair na pieguice

este filme, baseado numa história verídica, conta a história de uma belíssima amizade e do amor que a envolve. não era fácil encontrar o equílibrio, o tom para a contar, sem cair na pieguice total. imagino que isto feito à maneira de Hollywood seria algo para me fazer fugir da sala de cinema. mas não, este filme encontrou esse equilíbrio frágil e ténue e contou uma história comovente, e sobretudo muito humana, com muita dignidade. adorei!

terça-feira, 1 de maio de 2012

a vida é difícil (ponto final)

esta é a primeira frase d'O caminho menos percorrido, livro de Scott Peck (o ponto final por extenso acrescentei-o eu).
é a mais pura das verdades, mas também a mais difícil de aceitar.
há alturas em que sinto, e julgo que todos sentimos, que a minha é mais difícil que a dos restantes, mas sei que não é verdade. a vida é difícil. para todos. 
tenho uma amiga que já não vejo há algum tempo. uma amiga que é mãe, que tem uma carreira. que tem um bom estatuto social e económico. que é uma mulher de fazer parar o trânsito. que tem sentido de humor. que é inteligente. eu pensava que a vida dela era fácil, até me chegar esta mensagem:

" ... tu que és uma miuda inteligente, diz-me lá porque é que uma mulher que tem tudo, a única coisa que não consegue é ser amada?"

a vida é difícil. para todos. que não fiquem dúvidas.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

exagerado (como eu?)

é comum dizerem que sou exagerada. sinceramente, na maioria dos casos, não penso ser. às vezes (muitas) digo as coisas à bruta e isso é confndido com exagero. mas admito que tenha tendência para ser exagerada (nos afectos, na comida, nos vícios). será por isso que os meus fins-de-semana também são assim: exagerados? regra geral ou não há nada para fazer, ou tenho uma agenda que tem de ser cronometrada para fazer tudo o que sou solicitada (ou em que me meto). foi assim o último fim-de-semana. exagerado. mas não só. foi um aquecedor de coração. duas pessoas diferentes. duas situações distintas. sms's com o mesmo sentimento.

"Foste a melhor coisa que me aconteceu este ano!"

"Gosto de ti! :)"

fica mesmo um quentinho cá dentro!

i love moustaches

entre a Miguel Bombarda e a Praça Carlos Alberto (no Porto)

domingo, 29 de abril de 2012

a felicidade é simples de atingir

ontem, este balão fez de mim uma pessoa incrivelmente feliz.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

só te falta seres mulher

em replay


quinta-feira, 26 de abril de 2012

desabafo

(também se aplica, especificamente, ao dia de hoje)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Antes disso não podias existir

Eu perguntava-lhe como é que se mantinha o sangue-frio à frente do homem que queriam depor. E perguntava-lhe o que ele tinha sentido. E ele respondia-me, invarialvelmente, que não era ele que importava, era o país, era o futuro, era eu. Será que ainda não o tinha percebido?
(...) Para mim a história que o meu pai me contou, ano após ano, e outra vez, mais uma vez, já doente, como se me quisesse
dizer que, se eu tivesse compreendido porque o tinha feito, então já teria valido a pena, começava ali. Começaste ali, percebes? Antes disso não podias existir, percebes? 
Tiago Bartolomeu Costa sobre o pai, o furriel miliciano António Manuel Costa que fazia parte da coluna de Salgueiro Maia
in Público, hoje

terça-feira, 24 de abril de 2012

25 de abril

gosto do 25 de abril. gosto dos ideais de abril. emociona-me esta data e não sei justificar tanta emoção uma vez que eu já sou uma filha da liberdade. mas sei que gosto e gosto muito. também por isso, há cinco anos atrás, decidi que me mudaria para esta casota nesta data (a noite de 24 para 25 de abril) e passaria a viver sozinha. 
foi a minha pequena revolução.
gosto desta data e de tudo o que ela representa.
por isso no terraço há sempre cravos vermelhos.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

+ 1 presente inesperado

foi este ramo de flores super colorido. loved it!
e não fui só eu a apreciar.

domingo, 22 de abril de 2012

âncora

não uma, mas duas. para me manterem ancorada à vida? 
ou para me manterem presa à realidade?
se calhar nenhuma das duas, mas que foram um presente inesperado 
e bestial lá isso foram!
thanks girl

game of thrones & homeland

vi a primeira temporada das duas em pouco tempo. estilos e histórias completamente diferentes. gostei bastante das duas. espero que a segunda temporada não as torne num engonhanço.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

sobre a importância do tamanho

cartoon made by me

últimos dias

pontuados por momentos muito bons e outros muito maus. às vezes sinto-me a andar na montanha russa.

terça-feira, 17 de abril de 2012

o que dizem sobre mim

no outro dia alguém me disse: 
"é, tens a espontaneidade dos malucos"
eu cá, gostei!

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