quinta-feira, 1 de abril de 2010
sábado, 20 de março de 2010
Gato
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quarta-feira, 17 de março de 2010
Ode ao gato
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sexta-feira, 24 de julho de 2009
Os poemas do gato - Lágrima de preta
Recolhi a lágrima
Olhai-a de um lado,
Mandei vir os ácidos,
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sábado, 11 de julho de 2009
MIUminhos
Perguntaram-me um dia destes
Manuel António Pina
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terça-feira, 24 de março de 2009
Gato Vadio
a minha dona tem a mania. se poemas de grilos e alface tem algum jeito! queres pôr aqui poemas do O'Neill então escolhe um em condições, como este! sempre, sempre, sempre a tentar ensiná-la. cansa-me a beleza.
Gosto dos que não sabem viver,
dos que se esquecem de comer a sopa
(Allez-vous bientôt manger votre soupe,
s... b... de marchand de nuages?»)
e embarcam na primeira nuvem
para um reino sem pressa e sem dever.
Gosto dos que sonham enquanto o leite sobe,
transborda e escorre, já rio no chão,
e gosto de quem lhes segue o sonho

e lhes margina o rio com árvores de papel.
Gosto de Ofélia ao sabor da corrente.
Contigo é que me entendo,
piquena que te matas por amor
a cada novo e infeliz amor
e um dia morres mesmo
em «grande parva, que ele há tanto homem!»
(Dá Veloso-o-Frecheiro um grande grito?..)
Gosto do Napoleão-dos-Manicómios,
da Julieta-das-Trapeiras,
do Tenório-dos-Bairros
que passa fomeca mas não perde proa e parlapié...
Passarinheiros, também gosto de vocês!
Será isso viver, vender canários
que mais parecem sabonetes de limão,
vender fuliginosos passarocos implumes?
Não é viver.
É arte, lazeira, briol, poesia pura!
Não faço (quem é parvo?) a apologia do mendigo;
não me bandeio (que eu já vi esse filme...)
com gerações perdidas.
Mas senta aqui, mendigo:
vamos fazer um esparguete dos teus atacadores
e comê-lo como as pessoas educadas,
que não levantam o esparguete acima da cabeça
nem o chupam como você, seu irrecuperável!
E tu, derradeira geração perdida,
confia-me os teus sonhos de pureza
e cai de borco, que eu chamo-te ao meio-dia...
Por que não põem cifrões em vez de cruzes
nos túmulos desses rapazes desembarcados p'ra
[morrer?
Gosto deles assim, tão sem futuro,
enquanto se anunciam boas perspectivas
para o franco frrrrançais
e os politichiens si habiles, si rusés,
evitam mesmo a tempo a cornada fatal!
Les portugueux...
não pensam noutra coisa
senão no arame, nos carcanhóis, na estilha,
nos pintores, nas aflitas,
no tojé, na grana, no tempero,
nos marcolinos, nas fanfas, no balúrdio e
... sont toujours gueux,
mas gosto deles só porque não querem
apanhar as nozes...
Dize tu: - Já começou, porém, a racionalização do
[trabalho.
Direi eu: - Todavia o manguito será por muito tempo
o mais económico dos gestos!
*
Saber viver é vender a alma ao diabo,
a um diabo humanal, sem qualquer transcendência,
a um diabo que não espreita a alma, mas o furo,
a um satanazim que se dá por contente
de te levar a ti, de escarnecer de mim...
[Alexandre O´Neill]
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quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Os poemas do gato
It isn't just one of your holiday games;
You may think at first I'm mad as a hatter
When I tell you a cat must have three different names.
First of all, there's the name
that the family use daily,
Such as Victor, or Jonathan,
George or Bill Bailey—
All of them sensible everyday names.
There are fancier names
if you think they sound sweeter,
Some for the gentlemen,
some for the dames;
Such as Plato, Admetus,
Electra, Demeter—
But all of them sensible everyday names.
But I tell you,
a cat needs a name that's particular,
A name that is peculiar, and more dignified,
Else how can he
keep up his tail perpendicular,
Or spread out his whiskers,
or cherish his pride?
Of names of this kind,
I can give you a quorum,
Such as Munkustrap, Quazo or Coripat,
Such as Bombalurina, or else Jellyrum—
Names that never belong
to more than one cat.
But above and beyond
there's still one name left over,
And that is the name that you will never guess;
The name
that no human research can discover—
But The Cat Himself Knows,
and will never confess.
When you notice a cat in profound meditation,
The reason, I tell you, is always the same:
His mind is engaged in rapt contemplation
Of the thought, of the thought,
of the thought of his name: His ineffable effable
Effanineffable
Deep and inscrutable singular Name.
Publicada por Miu à(s) 19:34 1 comentários
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