Dos prazeres das férias
"Senhoras da Aldeia", Carviçais, Agosto de 2012 |
"Cicerone e contadora de histórias", Carviçais, Agosto de 2012 |
A única certeza, neste planeta, é a de que ninguém sabe o que vai acontecer...
"Senhoras da Aldeia", Carviçais, Agosto de 2012 |
"Cicerone e contadora de histórias", Carviçais, Agosto de 2012 |
Publicada por Raio de Sol à(s) 11:55 1 comentários
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Há uns dias que lembro, com imensa saudade, um Advento especial em que, por aqui, se desfiou um calendário de músicas de Natal... Se a memória não me falha, esta era a preferida da Piquenina e por isso hoje a lembro, numa versão diferente e com suporte visual. Uma prendinha de última hora, embrulhada num abraço gigante e apertado: Feliz Natal!
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Um muito típico 'american porche' cheio de luz, acolhedor e com vista
privilegiada para os campos cobertos de neve onde a presença dos animais se adivinha pelas pegadas na neve.
Um (re)canto para a Piquenina descansar e se sentir em paz.
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Publicada por Piquenina à(s) 17:24 1 comentários
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Voltei a este Planeta para te dizer que gosto muito de ti(*) e dar-te um abraço apertado.
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... eu recomendo: Creme de Espargos! :-)
2 courgetes pequenas sem casca
1 alho francês
1 nabo
1 cebola
1 molho de espargos
Cortar tudo e colocar ao lume a cozer em água e sal. Depois de cozido passar com a varinha mágica, adicionar um fio de azeite e deixar levantar fervura. Rectificar tempero e servir.
PS: e assim me proporcionaste uma oportunidade de te dar a receita que me havias pedido para que nada te impeça de seres "an average housewife" :D
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O lugar onde sou muito feliz e de que tenho saudades sempre que estou fora. Um lar com "boas energias", diz quem lá esteve... :-)
Raio de Sol
Publicada por Raio de Sol à(s) 18:58 1 comentários
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Acabei de chegar do concerto "Welcome Christmas": um concerto coral de Natal, pelo grupo VocalEssence - 125 vozes lindíssimas a interpretar músicas de Natal recentes e antigas, dos quatro cantos do mundo. Esta é a segunda vez que assisto a este concerto, já que no ano passado também estava aqui em Minneapolis em Dezembro.
Publicada por Raio de Sol à(s) 01:08 2 comentários
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Hoje fui passear até ao centro da cidade de Minneapolis. Aproveitando que não estava frio (estavam 0º o que é bem melhor que os -20º de ontem) passeei pelas ruas da cidade ansiando por algo diferente de compras e lojas.
A dada altura encontrei: na entrada de uma zona comercial, mas abrigado da rua, uma orquestra preparava-se para tocar músicas de Natal para quem quisesse ouvir e eu fiquei. Sentei-me no chão e fiquei, deliciada e emocionada. Então, por entre a alegria de estar ali num lugar bonito e agradável, e a saudade que aperta muito nestas viagens, caiu uma lagrimita marota mas depois lá continuei, apreciando a benção da música e daquele momento.
A foto não é muito boa (só tinha à mão o telemóvel) mas logo pensei em tirá-la para colocar junto do post que saberia iria querer escrever aqui. É que já me vou habituando a partilhar estas coisas pequeninas convosco...
E, porque a quem foi dada música quer também partilhar música, aqui ficam dois extras do calendário: duas músicas muito bonitas que ontem um colega me sugeriu quando eu lhe falei da ideia. De imediato disse: "espero que não te tenhas esquecido do "12 days of Christmas" e do "Holly Night". E tinha!!! Não estão na lista que preparei para estes dias, por isso, e porque concordo que o esquecimento é imperdoável, aqui ficam agora.
Com este colega aprendi também que há um significado cristão para a música pagã "12 days of Christmas". Embora haja quem dispute a veracidade desta interpretação, eu acho-a muito bonita e com sentido. Partilho aqui.
Bom domingo para todos!
Raio de Sol
Publicada por Raio de Sol à(s) 22:33 1 comentários
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Os restaurantes nos EUA (e alguns países da Europa também), dos mais simples aos mais sofisticados, têm uma prática que gostaria muito de ver implementada em Portugal: oferecer ao cliente a possibilidade de embalar a comida que sobra para ele levar para casa.
Faz ou não todo o sentido? Quando fazemos comida em casa muito naturalmente guardamos o que sobra e comemos nos dias seguintes, não é? Porque não fazer o mesmo com a comida no restaurante, aquela que nos foi servida e que será, inevitavelmente, estragada se for para trás?
Em Portugal isto não se faz pois "não fica bem" e é comum sentirmo-nos constrangidos com "o que os outros vão pensar de nós". Estes pré-conceitos, a par com o facto de nenhum restaurante ter a coragem de oferecer este serviço de forma natural e descomplexada, podem ser algumas das causas para que tal aconteça. É pena. Cada vez mais acho que é uma questão de bom senso e de respeito pelo dom dos alimentos e por todos aqueles que não os têm. E se começássemos a fazer diferente? Importamos tanta coisa... e se importássemos esta boa ideia também?
Raio de Sol
Publicada por Raio de Sol à(s) 17:38 3 comentários
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Nasci em Moçambique e tenho, por Africa, um carinho muito especial e o sonho de um dia lá voltar, quem sabe para ficar... Raio de Sol
por Mia Couto
Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles. Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor. Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.
Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.
Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.
Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: "E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano? São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.
E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?
1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.
2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.
3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos. Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente". Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.
4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um "não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).
5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas – tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.
6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.
Inconclusivas conclusões
Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.
Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.
A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos - as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.
Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.
No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.
Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.
Publicada por Raio de Sol à(s) 14:15 1 comentários
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Publicada por Raio de Sol à(s) 23:52 4 comentários
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