quinta-feira, 31 de maio de 2012

Poemas que vivem na Casota (33)

(Do amor)
Ama-me. Ainda é tempo. Interroga-me.
E eu te direi que nosso tempo é agora.
Esplêndida de avidez, vasta ternura
Porque é mais vasto o sonho que elabora
Há tanto tempo sua própria tessitura.
Ama-me. Embora eu te pareça
Demasiado intensa. E de aspereza.
É transitória se tu me repensas.

[Hilda Hilst]

0 comentários:

  © Blogger templates 'oplanetadapiquenina' by oplanetadapiquenina 2009

Back to TOP