Zica Blue
Finalmente hoje vou-vos falar da minha Carmenzita (depois de já ter referido várias vezes neste berloque. confiram aqui).
Chama-se "do Carmo", tal como eu. Quando a conheci deveria ter logo concluído que isto era um "bom augúrio", mas a sabedoria dos 14 anos ocupa o reino dos números imaginários... não existe.
Foi minha professora e a primeira vez que saímos juntas, ainda nessa qualidade de professora-aluna mas já com algumas sintonias, ela ofereceu-me um caderninho (que guardo até hoje) e comprou pêras-abacate (porque ia ter uns convidados em casa), e eu nunca mais me esqueci. As aulas dela tinham sempre alguma coisa diferente: um vídeo (sim, ainda não havia DVD's), uma BD temática, uma Science & Vie com novidades científicas...
Deixámos para trás a relação formal professora-aluna e continuámos a investir numa amizade que foi crescendo. Uma amiga mais velha que gostava de tontarias, que conhecia coisas diferentes, que abria a mente...
Neste momento já há mais vida com ela do que sem ela. As sintonias são mais do que somente o "do Carmo", às vezes vivemos mais próximas, outras mais afastadas, mas sempre com a certeza de que mesmo sem ver, ou falar, estamos lá uma para a outra.
A propósito de sintonias ela aprendeu italiano quando era mais nova e, confessou-me aqui há tempos, que sempre gostou de tango e que adorava aprender a dançar.
Mais, ainda hoje recebi dois e-mails dela dela que a determinada dela dizem assim:
"É só para dizer que esta semana diverti – me à grande com “ A idade do gelo II “ que tinha cá em casa e que ainda não tinha visto . Sou fã daquela espécie de esquilo maluco sempre em demanda da sua bolota..!!!!! Isto porque tive a ouver o canção no teu bloguito. Adivinhaste, não foi????
E sabes que nos dias anteriores próximos de teres posto a canção do biquíni e dos óculos de sol, andei feita tonta na net à procura das palavras da cantiga para poder trautear melhor??? Pois...."
Não é mãe, não é tia, não é irmã, não é amiga, é a minha Zica Blue, que tem um pouco de tudo isso mas cujo resultado final não é igual à soma das partes. Parte do que sou hoje, do que conheço, do que gosto, tem dedo dela. Um dedinho mágico...
Há uns anos disse-lhe que tinha curiosidade de ver fotos dela quando era mais nova. Ela, na primeira oportunidade, mostrou-me albúns de fotografias. Bati o olho nesta e nunca mais a esqueci. Um tempo mais tarde pedi que ma emprestasse para tirar uma cópia. Hoje há uma cópia dessa mesma foto emoldurada na sala da casota. É essa a foto dela que deixo aqui, hoje.
1 comentários:
É bom ter amizades assim
Enviar um comentário