(afinal) não é só o futebol que nos une

ainda as tampas.
não posso deixar de me maravilhar e espantar.

às vezes somos tão críticos de nós mesmos e muitas são as vezes que ouvimos e dizemos que só nos sentimos "unidos" por fenómenos como o futebol ou causas distantes, em países longínquos e que não ajudamos o próximo.


bom, não tem sido esta a minha experiência dos últimos tempos. as tampas para o principezinho tem sido motivo de encontro, de solidariedade, de um movimento transversal entre "conhecidos e desconhecidos"

esta foto não foi planeada e acho-a simbólica deste tempo. aconteceu que tinha este carreirinho de tampas em casa, no Domingo quando acordei. também o meu pai passou a olhar as tampas de outro jeito e agora, nas suas intermináveis andanças e passeios pela cidade, sempre que vê uma tampa apanha-a e leva-a para casa.

e esta perspectiva de que nenhuma tampa é dispensável e que "tampa a tampa" é possível chegar às 30 toneladas não deixa de me encantar. sexta-feira à noite fomos passear por Braga, ver os preparativos para o São João, desentorpecer as pernas e "apanhar tampas".

aqui, no lab, todos os dias me vêm dar tampas ou deixá-las junto ao meu computador. e todos os dias isso me faz relembrar que existem causas maiores que têm o condão de nos unir. além disso outras pessoas, por email ou noutros blogues, também estão a fazer o mesmo apelo (cliquem aqui)

por isso criaturas há muito nesta vida que tem a capacidade de nos unir, às vezes só temos é que estar atentos e descobrir :)
em 1999 foi Timor, em 2004 o Euro, hoje são tampas para o principezinho e amanhã?

não sabemos, mas para descobrir só temos que nos manter atentos...